Porque não? E se eu quiser, se quiser, não tocar mas, agarrar o tronco, apertá-lo na mão, cerrar a mão no tronco com força e devagar, para sentir os espinhos penetrar a pele, a pouco e pouco, os espinhos a entrar e a ver o sangue surgir de repente da pele, de dentro da pele, o sangue a escorrer e tingir, ainda mais, o vermelho do tronco, a mão fechada, coroa de espinhos no interior, sentir os espinhos, sentir o grito de vida da dor. Sentir.
Às vezes, de intenção, ela se picava. Ficava a ver a gota engravidar no dedo. Depois, quando o vermelho se excedia, escorrediço, ela nem injuriava. Aquele sangue, fora do corpo, era seu desvairo
13 comments:
Também não tenho vontade de tocar :)
Magnifica.
Beijos.
Nem era preciso avisares, prefiro só admirar a tua fotografia.
Excelente macro com umas cores atraentes.
...I feel imaginary pain...
November 23, 2007 :-)
Há sempre um pedaço onde um dedo pode tocar...
#@&
Eu tenho tendência para me picar.
Já estou habituado...
É bom picar-me por bons motivos!
Bj.
Porque não? E se eu quiser, se quiser, não tocar mas, agarrar o tronco, apertá-lo na mão, cerrar a mão no tronco com força e devagar, para sentir os espinhos penetrar a pele, a pouco e pouco, os espinhos a entrar e a ver o sangue surgir de repente da pele, de dentro da pele, o sangue a escorrer e tingir, ainda mais, o vermelho do tronco, a mão fechada, coroa de espinhos no interior, sentir os espinhos, sentir o grito de vida da dor. Sentir.
excelente título!
Desta vez, prefiro obedecer. A transgressão que sempre me atrai, tem aqui um significado demasiado doloroso.
A eterna dualidade entre a razão .. e a alma ... será sempre esta última a decisora...
T
CAÇADOR: E porque não?...sei do que falas...
Caçador e Lina: Vocês são masoquistas? Gostam de sentir dor?
De repente até parece que fiquei com as mãos a doerem-me. :-|
O tom avermelhado, realçou ainda mais a visualização dos espinhos.
Às vezes, de intenção, ela se picava. Ficava a ver a gota engravidar no dedo. Depois, quando o vermelho se excedia, escorrediço, ela nem injuriava. Aquele sangue, fora do corpo, era seu desvairo
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