Saturday, 4 December 2021

A contadora de histórias


 E assim começava mais uma história, embrulhada em tempo, sal e maresia.

8 comments:

João Menéres said...

Ora presta atenção, minha menina, porque o que te vou contar é muito triste...

Um instantâneo estupendo, Lina.

😍

Ana Lúcia said...

Parece que a ouço... histórias de outros tempos em que os pesacadores iam para o mar e encontravam a Baleia Moby Dick... pobre animal perseguido por tantos... E as sereias que levavam os homens que nunca mais voltavam?! Histórias de golfinhos seres brincalhões que seguiam os navios. Belas histórias que tem para contar.

Rasuras do Aparo said...

... em cada estria do rosto uma história ... em cada ruga mais uma linha de palavras guardadas no tempo ... para quem tiver o tempo de a escutar ... em cada gesto toda acção passada trazida ao presente em forma de conto ... de encantar ... ( grande click emocional ...)

joaquín said...

¡Qué buen retrato!

Michael Rawluk said...

I love it. Such a beautiful portrait.

Manu said...

Já me parece ouvi-la a falar de duendes e anões, fadas, e poções e outros contos cuja passagem do tempo estão marcados no rosto da idosa.
Quando for velhinha, quero ser assim e nem imaginas o que tenho para contar :)
Excelente retrato!

Ana Freire said...

Uma verdadeira enciclopédia de histórias de vida!...
Quanta riqueza cultural se perde, com cada pessoa assim, quando se vai!...
Quando me mudei para aqui onde moro hoje, tinha tanta gente assim, que partilhava tantas histórias e bem divertidas também... em qualquer lado!... Lembro-me que no primeiro ano, fui velar com a minha mãe uma pessoa aqui da terra... juntaram-se as outras da mesma geração a contar histórias, no velório... e o tempo todo estivemos a chorar... a rir... com os lenços a tapar a cara, tentando cada um como podia manter um mínimo de compostura! Recordo frequentemente esse velório até hoje... pelos soluços... de tanto riso, com tanta história que se proporcionou ouvir!!! Mas não me consigo lembrar de quem era a pessoa falecida...
Adorei a foto! Fez-me lembrar uma grande amiga da minha mãe, de nome Cecília... que também já se foi... tinha um cão chamado Não Sei... as histórias de males entendidos cada vez que ela gritava na rua pelo Não Sei... eram mais que muitas...
Beijinhos
Ana

Remus said...

Como as coisas realmente aconteceram e que esta fotografia retrata na perfeição:

Ó mulher chata, desampara-me a loja, que já estou farta de te aturar!
Lá pró diacho da portuguesa do continente que não me deixa em paz.
Sempre a fazer perguntas. Sempre a meter-se na minha vida! Sempre a querer que lhe conte histórias!
Daqui a pouco estás a levar com a bengala no lombo. Habilita-te!


E foi assim que aconteceu.
Tudo o resto é embelezamento da L.Reis.