Uma noite sonhei que finalmente encontrava esta casa. E lá no cimo da escadaria estavas tu, deitada, dormindo uma sesta tranquila. Ao lado do teu enroscar entrefechava-se um livro e ao fundo um gato esquivo dormitava a tua serenidade. Sonhei que me chegava e me sentava gesto-ante-gesto e segredava-te: "atravessei metade do oceano para te dar um beijo..."
A casa... A casa não de ergueu ali nem por capricho nem por acaso. E por isso, e só por isso é dona das suas próprias marés. E sabê-la ou não, é apenas uma escolha, feita entre o ontem e o amanhã.
4 comments:
Uma noite sonhei que finalmente encontrava esta casa. E lá no cimo da escadaria estavas tu, deitada, dormindo uma sesta tranquila. Ao lado do teu enroscar entrefechava-se um livro e ao fundo um gato esquivo dormitava a tua serenidade. Sonhei que me chegava e me sentava gesto-ante-gesto e segredava-te: "atravessei metade do oceano para te dar um beijo..."
sabes...continuo a pensar em subir cada um desses degraus...talvez a casa não seja essa....talvez...
sabes...tu sabes...
qualquer oceano seria ribeiro
para a vontade que tenho
de te segredar ao ouvido
todos os beijos que caíram...
mesmo na escuridão
saberia ser cor e luz
apenas para te ver rir
de olhos fechados...
e hoje
nem sei se a casa existe
ou se o mar feito ribeiro a beija
assim ao de leve
como se o mar feito ribeiro
se detivesse em quietos afagos
e hoje
-longínquo estar-
continuo assim imóvel feito degrau
de uma escada saudosa de passos
#@&
A casa...
A casa não de ergueu ali nem por capricho nem por acaso. E por isso, e só por isso é dona das suas próprias marés. E sabê-la ou não, é apenas uma escolha, feita entre o ontem e o amanhã.
Post a Comment