Porque um novo ano está quase a começar...[Because 2012 is coming...]

Já que hoje é dia de desejar...

Quero estar nos dias devagar:

atrasar-me em todas as desvontades

ser mais lenta que o desalento

chegar depois das horas que partem

não me cruzar com norte nem sul

perder o princípio da descrença

não estar quando a razão se demora

ficar para trás e dar a mão aos sentidos

E sobretudo

sobretudo

 desencontrar-me

...por um minuto que seja...

desse caminho a direito 

de horizonte finito

onde ressoam passos gastos, alheios ao impossível

E eu quero

Quero apenas ser e estar

gota

a

gota.

Desejo a todos um  BOM ANO!!
[Happy New Year!!!]

Porque é Natal [Because it's Christmas]

A todos aqueles que

... me surpreendem

... me ajudam a rir

... me oferecem palavras e entrelinhas,

desejo um Sereno e Feliz Natal

... brilhante de presenças e gestos

... perfeito

 como uma mão noutra mão

....

Era uma vez...

um lugar...com segredos plantados à janela.

Castelo-colmeia [Castle]

Metades

Metade de mim é chão...a outra metade caminho.

Antes de Van Gogh chegar [Waiting for Van Gogh...]

Bola de cristal [Crystal ball]

E se a chuva me trouxesse uma bola de cristal, suavemente poisada em vermelho, será que eu saberia ler no amanhã, um lugar quieto e inquieto, como um leve roçar de lábios?

Entre névoa e névoa... [Between the mist]

.. surge, lúcido, o tecido das horas.

Ainda outra memória de papel [One more...]

...para não me esquecer de sublinhar os sorrisos de acordar...ou até rabiscar uma margem à margem da razão.

Outra memória de papel [Another paper memory]

...para não me esquecer do som que risca cada dia.

Adormecer diagonal

Janela à janela [Windows]

No quarto mais escuro de mim escondi um vitral, 
pescador de miragens e risos,
guardião de sol e céu.

Bagos de chuva [Grapes of rain]

Vigília

Aparas de um dia afiado de novo

Soubesse eu pintar o som de um arrepio de brisa sobre a pele e gastaria todas as cores do anoitecer.

Pictograma

Inte-r-rompida

Mar adentro [Deep Grey]

O outro lado do lado de cá

Nota: Sei que vai ser difícil acreditar, mas esta fotografia não tem qualquer tratamento de cor, nem foi usado qualquer filtro...o mundo acordou mesmo lilás!

Um resto de arco-íris [A piece of rainbow]

Índice [Table of contents]

...em branco
para nada procurar
a não ser a surpreendente nudez da desordem.

Última nota de rodapé [Last Footnote]

...pois sob o caudal imenso da noite, afogavam-se todas as margens e até todas as montanhas...sobrava, tão somente, o incompleto sentido da luz.

6ª nota de rodapé [6th footnote]

Foi talvez um sonho, mas quase jurava ter ouvido a lua segredar: "Saberei impedir o naufrágio do mar."

5ª nota de rodapé [5th footnote]

Falta-me o talento para as coisas que são o que são.

Cruzo palavras no papel, tecendo chão e caminho.

Algures,
 entre a trama,
 guardo

a ousadia de um passo sem norte

um destino largado na esquina
um riso de pássaro
uma outra fase da Lua, segredo de mar e de sal
a arte de esconder o mundo inteiro atrás 
de um gesto, de um som, de uma pincelada de cor além tela.

e eu sei

sei que nem todas as manhãs anunciam o dia

e sei que me falta o talento das madrugadas

e sei que sempre, quase sempre,

todas as coisas são

apenas aquilo que são.

4ª nota de rodapé [4th Footnote]

...e acordar assim, sem verbos para conjugar.

3ª nota de rodapé (3rd footnote]

Amanhã agarro-me ao vento e nenhum longe será longe demais.

2ª nota de rodapé [Second Footnote]

...e porque me aborreciam os dias lisos e planos, recortei-os

recortei-os

 e escrevi uma página impossível

onde as palavras dançam abraços

na perfeita suavidade da palma da minha mão.

1ª nota de rodapé [1st Footnote]

Desenho sorrisos de corpo inteiro na semi-obscuridade 
e encontro o exato lugar
 onde as sombras entrelaçam histórias de luz.

Outras leituras-Cap.11 [Chapter 11]

...onde ardem palavras.

Outras leituras-Cap.10 [Chapter 10]

Era uma vez todas as palavras que calei...prisioneiras de entrelinhas.

Outras leituras-Cap.9 [Chapter 9]

...acordara palavra, na página errada...e afinal, a outra margem era já ali ao lado...

Outras leituras-Cap.8 [Chapter 8]

... e porque era noite, enrosquei aconchegos, para tocar com dedos macios de sono. E foi então que aconteceu uma palavra de encantar.

Outras leituras- Cap.7 [Chapter 7]

...onde se fala de uma palavra-semente que floresceu silêncio.

Outras leituras-cap.6 [Chapter 6]

...no qual se fala de uma palavra sem poiso, que içou velas e se fez longe.

Outras leituras-Cap.5 [Chapter 5]

...onde se fala de uma palavra-lua que encapelou a noite e quebrou todas as marés.

Outras leituras-cap.4 [Chapter 4]

...em que se fala de uma última palavra que arrepiou a noite.

Outras leituras-cap.3 [Chapter 3]

Outras leituras-cap.2 [Chapter 2]

? ? ? ?  ? ? ??????

Outras leituras-cap.1 [Chapter 1]

Poesia de papel -10º e último verso [Paper poetry-the last verse]

...escritos  entrededos
longe
tão longe
dos dias que nascem em contramão

Poesia de pape l- 9º verso [Paper poetry - 9th verse)

Poesia de papel - 8º verso [Paper poetry - 8th verse]

Poesia de papel - 7º verso [Paper poetry-7th verse]

Poesia de papel - 6º verso [Paper poetry-6th verse]

Poesia de papel - 5º verso [Paper poetry-5th verse]

Poesia de papel - 4º verso [Paper poetry-4th verse]

Poesia de papel - 3º verso [Paper poetry-3rd verse]

Poesia de papel - 2º verso [Paper poetry-2nd verse]

Poesia de papel - 1º verso [Paper poetry- 1st verse]

Os pássaros [The birds]

E veio a manhã.
Não anunciou o dia e deixou-se ficar assim
Fantasma de névoa
Sussurro de voo
Sem arestas, nem esquinas.