Sunday, 18 October 2009

Um braço onde poisar [ An arm where I can rest]



Aconchegou-a no seu braço, porque era frágil,
porque era bela,
porque cheirava a terra e sabia a sol,
porque nela pressentia a leveza de um vagar,
porque na sua pele ardia ainda o verão...
E o tempo foi artesão da vontade
Urdindo teias com restos que a memória não quis

Tecendo um lugar
alheio ao grito do vento

13 comments:

  1. Esta imagem, L.REIS, é tão tremendamente espantosa que, a té de ti própria, mereceu UM POEMA!!!

    Que mais posso eu acrescentar às palavras com que fizeste um poema?
    - Que tenho pena que o meu braço não cheire a terra e não saiba a sol?
    Não, porque o meu braço também cheira a terra e sabe a sol.
    Mas, esse braço em que tu te aconchegáste, não é o meu...

    UM BEIJO PARA ESSA BELA FOLHA DA VIDA!

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  2. COMO É FRÁGIL A MINHA ESCRITA !

    Na 2ª linha, leia-se por favor :
    ATÉ DE TI
    e não:
    a té de ti...

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  3. ... desde que me lembro, sempre lá houve braços e abraços ... laços, perús de Natal ... mto bem apanhado o espírito do lugar!

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  4. ...belos encontros neste panorama de imagens compondo um aquário de ar e imaginação, belos encontros da foto com a poesia.

    bjs
    ns

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  5. E ... assim ficaram pelo tempo ... rendidos um ao outro ... naquele abraço rendilhado pela teia que o tempo ajudou a crescer ...
    Ela ainda vermelha ofegante e pasmada da duração de tal evento ... ele sustendo-a e buscando a inspiração na sua beleza encanto ...
    T

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  6. Uma imagem simples mas que é uma autêntica poesia, reforçada pelas palavras...

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  7. Para bem do meu equilíbrio psíquico, eu vou pensar que levaste um tubo de cola e que andaste a colar a folha na ferragem.
    E nem vale a pena dizer que não. :-)

    A composição está muito bem concretizada. A "escolha" da cor da folha foi genial.

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  8. Poesia e una strana inquietudine,qui.
    Elementi diversi ma complementari.
    Bellissima composizione.

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  9. mas esta hoje leva o prémio. É linda!

    beijinhos

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